Império:
“Unidade política que abrange uma vasta
extensão territorial e que integra povos com diferentes culturas sob um único
poder, independentemente da forma de governo”. Nos últimos dois milénios, utilizando a força
e as invasões militares floresceram impérios como o Helénico, Romano,
Bizantino, Otomano entre outros, com um objetivo comum, conquistar terras e ter
um domínio total sobre as suas riquezas e povos. Todos esses impérios eram
personificados por uma grande figura, uma nação ou um sistema político. Assim
sendo, a sua génese estava identificada e, foi possível lutar contra esses
poderes e vencer. O imperialismo para os historiadores foi dado como extinto e,
ao longo das últimas décadas um sistema democrático e a independência das
nações foi-se impondo na generalidade dos países. Mas, subtilmente, surgiu um
novo modelo de domínio, que sem rosto, nação ou sistema politico, cumpre na
integra os objetivos do antigo Império. Tem um especto aparentemente
inofensivo, objetivos altruístas, é atrativo, fascinante, domina as sociedades,
sistemas políticos e nações. O império não acabou, mudou de estratégia. Hoje
não utiliza as invasões militares como antigamente, o atual sistema imperial
cujo nome é: “capitalismo global” faz exatamente o que os antigos impérios
faziam, invade as nações, domina os seus povos e riquezas. Este sistema
conseguiu absorver e comprometer as elites da maior parte dos países, fossem
eles considerados ricos, emergentes ou pobres. Impôs ao mundo um mercado livre
e global, os estados, seus habitantes e as multinacionais começaram a funcionar
em função desse mercado. Criou-se mecanismos que permitiram a transferência de
empresas e empregos dos países desenvolvidos para países onde a mão-de-obra
qualificada e a matéria-prima são mais baratas e com uma baixa carga de
impostos. Tudo vale para fazer riqueza, o império não permite que alguém o
conteste, só no último ano foram assassinados 200 ativistas ambientais, por
contestarem o sistema. Conforme escreveu
Aldous Huxley “A ditadura perfeita terá a aparência de uma democracia, uma
prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de
escravatura onde graças ao consumo e divertimento, os escravos terão amor à sua
escravidão” É alarmante a nível
ambiental a crescente destruição da biodiversidade e o uso excessivo de
recursos naturais, a nível social, o aumento de desemprego e trabalho precário
nos países desenvolvidos. O capital precisa de transformar continuamente a
natureza em mercadoria para sustentar o seu crescimento, a sua expansão tem de
ter um ritmo sempre crescente para que não caia em crise e haja uma queda das
ações. O consumismo excessivo está a ser introduzido nas populações como uma
droga altamente viciante. O “capitalismo global” a seguir às armas atómicas é a
maior ameaça que o mundo já enfrentou. Cabe a cada um de nós, ter consciência
desta realidade e iniciar a sua luta contra o sistema, não se deixando
manipular e passando esta mensagem tão importante para a salvação do planeta e
da raça humana.
domingo, 30 de julho de 2017
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