A humanidade faz fantásticos
progressos tecnológicos, mas não consegue evoluir no seu relacionamento social
e ambiental. Socialmente continua a evidenciar manifestações de intolerância, discriminação,
violação dos direitos humanos, xenofobia, racismo e homofobia. Por sua vez na
área ambiental, são as alterações climáticas, extinção de ecossistemas e de
algumas espécies animais. As alterações climáticas, perda e fragmentação do
habitat, caça desregulada, tráfico, poluição, doenças, entre outras causas, têm
provocado o aumento de espécies em vias de extinção. Há muitos anos que cientistas
de todo o mundo avisam: “Os seres humanos e o mundo natural estão em colisão”,
os danos ambientais “irreversíveis” e “substanciais” causados pelos humanos
estão a destruir o planeta. Embora estejam a surgir jovens com um grande
sentido ecológico, como a sueca de 16 anos Greta Thunberg, uma ativista que tem
mobilizado milhares de jovens em todo o mundo para uma atitude consciente em
relação ao meio onde vivemos, os ativistas ambientais são muitas vezes
perseguidos, intimidados ou até assassinados. Pessoas como Greta Thunberg têm
de ser protegidas, fazem parte de uma espécie rara, a espécie humana que tem
humanidade. Esta espécie humana não se pode extinguir pois é o garante da nossa
sobrevivência. São aqueles que cumprem na sua existência o pressuposto para que
foram criados, cujo comportamento se materializa na racionalidade e, que no
percurso da sua vida cumprem o que o Universo (natureza) espera deles. Cada ser
deve-se realizar sendo aquilo que é. O Universo não espera do “ser humano” a
construção de naves espaciais, ele já tem os planetas. Também não precisa que o
“ser humano” invente coisas rápidas, ele já tem a velocidade da luz. O Universo,
espera do “ser humano”, que ele se construa como “ser humano” na verdadeira
essência da palavra. E, se a espécie humana se concretizar como “ser humano” na
verdadeira essência da palavra, por consequência, desaparecem a maior parte dos
problemas com os quais nos debatemos. Se o “ser humano” estiver no lugar do “ser
humano”, não precisamos de nos prevenir do homem que se comporta como um animal
irracional. As suas atitudes não se vão transformar em obstáculos para a
humanidade, mas um fator de soma para a sua evolução. Na natureza, todos os
seres têm a sua função e não podem ser nada além disso. A pedra não pode querer
deixar de ser pedra, as plantas não podem dizer que não fazem fotossíntese,
porque são essas as suas funções. Os animais simplesmente procriam e lutam para
para perpetuar a sua espécie. O “ser humano” é a exceção à regra, tem o livre
arbítrio, sendo a única espécie que tem capacidade de opção para ser ou não ser
aquilo para que foi criado. Podemos dizer que ninguém sabe o que é a essência
humana, mas sabemos quais são as necessidades da humanidade. A solução pode estar
na mudança dos paradigmas da educação. Os alunos desde muito jovens devem ser
incentivados a questionar a realidade para saber o porquê das coisas e não
serem meros reprodutores de escritos. O ensino deve ajudar a criar o “ser
humano” racional, com grande sentido social e ecológico.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
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