Tu, triste Farol solitário
Luz que orienta a embarcaçãoPorque brilhas lá no alto
Achas-te digno de adulação?
Não te iludas, triste Farol solitário
Ninguém te está a aplaudir
As gaivotas quando batem as asas
É para a água sacudir
Também, o vento não te assobia melodias
É a tua vaidade que te faz acreditar
Que o som do vento
São músicas para te cortejar
O mar não te declama poemas
O som das ondas a enrolar
É o mar, chamando os amantes e os poetas
Para os inspirar
Triste Farol solitário, presunçoso
O que ouves, essa sonoridade
É simplesmente
O eco da tua vaidade
Digo-te, triste Farol solitário
A razão da tua tristeza
Vives na ilusão
A tua alma está presa
Onde um dia trabalhou um faroleiro
Não te compares ao Farol de Alexandria
Que iluminava o mundo inteiro
José Adriano Gonçalves
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