Maria Helena Braga, uma investigadora portuguesa docente da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está ligada a uma descoberta
tecnológica com enormes benefícios para meio ambiente. Helena Braga e a sua equipa,
descobriram o eletrólito sólido de vidro, sobre o qual em 2014 publicaram um
artigo na revista cientifica “Materials
Chemistry A”, que serviu de base para o grande interesse demonstrado pela
comunidade científica internacional. Esta descoberta pode ser a solução para a
construção de um novo modelo de baterias com um impacto ecológico positivo de
grandes dimensões. Sem entrar em pormenores técnicos sobre os quais não estou
capacitado, menciono apenas aquilo que mais interesse tem para o cidadão comum.
O eletrólito de vidro permite construir baterias com três vezes mais capacidade
de armazenamento do que as produzidas atualmente. O uso de eletrólitos de vidro
permite a substituição do lítio que é um material raro, por sódio que em
contrapartida é muito abundante, barato e extraído da água do mar. Não tem o
perigo de explosão e deverá ser a solução para os carros eléctricos. Pode
também ser utilizada em redes elétricas, resolvendo em grande parte a
problemática da produção de energia a partir das fontes de energia renováveis
intermitentes como a eólica e a solar. Acrescentando a tudo isto, esta bateria
tem uma durabilidade muito maior que as atuais e tem um baixo custo monetário
de aquisição, a sua reciclagem não necessita de grandes cuidados. Helena Braga
encontra-se a trabalhar no desenvolvimento deste projeto na Universidade do
Texas em Austin juntamente com o consagrado John Goodenough que foi o inventor
das baterias de iões de lítio. Embora a produção da nova bateria não dependa
dos investigadores, estes preveem o espaço de dois anos para a comercialização
das mesmas. É uma descoberta que poderá ficar na história Mundial da engenharia
física e pode ser que, após o premio Nobel da Fisiologia e Medicina ganho pelo
médico português Egas Moniz em 1946, o prémio Nobel da literatura entregue ao
escritor português José Saramago em 1998, Helena Barros conquiste o terceiro
prémio Nobel para Portugal. Noticias como esta deveriam abrir os noticiários da
rádio e televisão, serem notícias de primeira página dos jornais. Este feito
deveria servir, para quem informa e divulga, aprofundar o tema da investigação
em Portugal, entrevistar investigadores, dar voz aos que das Universidades
clamam por mais licenças sabáticas para quem quer fazer investigação, ajudarem
as universidades/ faculdades a divulgarem os seus talentos e não estar à espera
de receber de fora do país as notícias dos êxitos dos nossos investigadores. As
televisões a rádio e os jornais não podem estar só ocupados com os treinos e
jogos de futebol, com facadas e tiroteios. As principais notícias não devem ser
sobre créditos, dívidas, penhoras, prestações, juros e multas. Todos os dias existem
portugueses que fazem coisas fantásticas e essas notícias é que deveriam estar
em destaque. Que este êxito sirva para dar o passo qualitativo no ensino
público, que se avalie a possibilidade de inclusão de modelos pedagógicos
alternativos como o método High Scope, a Pedagogia Woldorf, o método
Montessori, o método pedagógico Escola Moderna entre outros que fomentam a
criatividade, desenvolvem o sentido critico, a cidadania, o autoconhecimento e
a responsabilidade. Estes métodos pedagógicos têm por objetivo desenvolver a
potencialidade cada um e estimular uma atitude cada vez mais ativa na procura
do conhecimento. Para os atuais avanços tecnológicos as formas clássicas de
ensino deixam de fazer sentido, desde muito novos os alunos devem aprender a
relacionaram-se com a comunidade, serem colaborativos e cooperativos e
compreenderem os desafios que o desenvolvimento tecnológico lhes apresenta.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
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