sexta-feira, 9 de junho de 2017

Uma boa Notícia


Maria Helena Braga, uma investigadora portuguesa docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está ligada a uma descoberta tecnológica com enormes benefícios para meio ambiente. Helena Braga e a sua equipa, descobriram o eletrólito sólido de vidro, sobre o qual em 2014 publicaram um artigo na revista cientifica “Materials Chemistry A”, que serviu de base para o grande interesse demonstrado pela comunidade científica internacional. Esta descoberta pode ser a solução para a construção de um novo modelo de baterias com um impacto ecológico positivo de grandes dimensões. Sem entrar em pormenores técnicos sobre os quais não estou capacitado, menciono apenas aquilo que mais interesse tem para o cidadão comum. O eletrólito de vidro permite construir baterias com três vezes mais capacidade de armazenamento do que as produzidas atualmente. O uso de eletrólitos de vidro permite a substituição do lítio que é um material raro, por sódio que em contrapartida é muito abundante, barato e extraído da água do mar. Não tem o perigo de explosão e deverá ser a solução para os carros eléctricos. Pode também ser utilizada em redes elétricas, resolvendo em grande parte a problemática da produção de energia a partir das fontes de energia renováveis intermitentes como a eólica e a solar. Acrescentando a tudo isto, esta bateria tem uma durabilidade muito maior que as atuais e tem um baixo custo monetário de aquisição, a sua reciclagem não necessita de grandes cuidados. Helena Braga encontra-se a trabalhar no desenvolvimento deste projeto na Universidade do Texas em Austin juntamente com o consagrado John Goodenough que foi o inventor das baterias de iões de lítio. Embora a produção da nova bateria não dependa dos investigadores, estes preveem o espaço de dois anos para a comercialização das mesmas. É uma descoberta que poderá ficar na história Mundial da engenharia física e pode ser que, após o premio Nobel da Fisiologia e Medicina ganho pelo médico português Egas Moniz em 1946, o prémio Nobel da literatura entregue ao escritor português José Saramago em 1998, Helena Barros conquiste o terceiro prémio Nobel para Portugal. Noticias como esta deveriam abrir os noticiários da rádio e televisão, serem notícias de primeira página dos jornais. Este feito deveria servir, para quem informa e divulga, aprofundar o tema da investigação em Portugal, entrevistar investigadores, dar voz aos que das Universidades clamam por mais licenças sabáticas para quem quer fazer investigação, ajudarem as universidades/ faculdades a divulgarem os seus talentos e não estar à espera de receber de fora do país as notícias dos êxitos dos nossos investigadores. As televisões a rádio e os jornais não podem estar só ocupados com os treinos e jogos de futebol, com facadas e tiroteios. As principais notícias não devem ser sobre créditos, dívidas, penhoras, prestações, juros e multas. Todos os dias existem portugueses que fazem coisas fantásticas e essas notícias é que deveriam estar em destaque. Que este êxito sirva para dar o passo qualitativo no ensino público, que se avalie a possibilidade de inclusão de modelos pedagógicos alternativos como o método High Scope, a Pedagogia Woldorf, o método Montessori, o método pedagógico Escola Moderna entre outros que fomentam a criatividade, desenvolvem o sentido critico, a cidadania, o autoconhecimento e a responsabilidade. Estes métodos pedagógicos têm por objetivo desenvolver a potencialidade cada um e estimular uma atitude cada vez mais ativa na procura do conhecimento. Para os atuais avanços tecnológicos as formas clássicas de ensino deixam de fazer sentido, desde muito novos os alunos devem aprender a relacionaram-se com a comunidade, serem colaborativos e cooperativos e compreenderem os desafios que o desenvolvimento tecnológico lhes apresenta.



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