segunda-feira, 25 de março de 2013

Portugal O melhor da Europa






“ O sonho acordado é que é a realidade” Clarice Lispector in Um sopro de Vida


 Portugal partiu para Istambul com algumas supostas limitações, a ausência de três dos principais atletas e uma semana atribulada com várias idas ao hospital do nosso capitão e atleta mais representativo Lenine Cunha. As ausências foram superadas pela filosofia desta seleção; não lamentar as ausências mas incentivar as presenças e a debilidade do nosso capitão superada pelo seu carisma e força de vontade.

Portugal voltou a ser campeão da Europa vencendo coletivamente no sector masculino e feminino, conquistando em termos individuais 8 medalhas de ouro, 10 de prata e 5 de bronze. O prémio para o melhor atleta do sector masculino foi atribuído ao Lenine Cunha.

O percurso desta selecção é deveras impressionante, deste que começou a participar neste tipo de competição já foi campeã da Europa 14 vezes e ficou 4 vezes em segundo lugar. Também foi 12 vezes campeã do mundo e 4 vezes vice campeã mundial. Como podemos constatar o seu pior resultado é um segundo lugar. Não menos impressionante é o número de medalhas ganhas a nível internacional pelo atleta Lenine Cunha 141. Como adjetivar o Técnico e selecionador nacional Costa Pereira, responsável por todos estes êxitos e pela dinâmica desta modalidade a nível internacional? Simplesmente fenomenal

Voltando a Istambul, quero endereçar os parabéns a todos os atletas desta selecção que foram inexcedíveis no cumprimento das tarefas que lhes foram destinadas. Fiquei feliz com o regresso da nossa antiga capitã Graça Fernandes, que mais uma vez demonstrou aos mais novos o espírito de equipa que é necessário para conseguir estes êxitos. Foi pena não termos connosco a melhor adepta do mundo do desporto adaptado a nossa amiga japonesa Yayoi, uma companhia muito querida por todos nós.
Tenho também que referir o trabalho da nossa fisioterapeuta Maria João que esteve sempre em acção na pista respondendo aos mais diversos problemas que foram surgindo, e foram muitos, ficou com a responsabilidade dos atletas na câmara de chamada, fez uma cobertura fotográfica de todos os melhores momentos do campeonato. À noite ocupou-se da recuperação dos atletas, e no meio disto tudo ainda teve tempo para ouvir o relato da sua Académica, enfim, uma supermulher.
 Quanto à organização revelou-se algo inexperiente, neste tipo de campeonato, mas de bom nível no desenrascanço, qualidade esta, que pensava eu ser unicamente portuguesa. Também poderiam ter feito algo mais relativamente ao programa social.

 Este sector do desporto adaptado anteriormente denominado por deficiência mental, um termo algo pejorativo para os praticantes desportivos, evoluiu e bem para o termo deficiência intelectual. Simplesmente ainda continua a ser algo agressivo impedindo muitos jovens de aderirem a esta modalidade de prática desportiva. Na minha opinião deveria evoluir para deficiência cognitiva, pois é o termo mais adequado para definir o tipo de deficiência atribuída a estes atletas que têm problemas de cognição numa determinada área.

3 comentários:

  1. Mais uma vez os meus parabéns !!! Acho que foram sensacionais, não há palavras mais para dizer, só tenho pena que os media não façam a justiça que merecem...

    Alice

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  2. Uma vez mais um bom texto. Obrigado por tudo Adriano Gra<nde Abraço JCP

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  3. Começam a faltar os adjetivos para defenir o trabalho executado. Talvez seja AMIZADE, entre o grupo.
    Parabéns.
    Os orgãos de comunicação social, só dariam noticias se falhassem. Estão à espera de quê?
    Por favor continuem.
    Abraço

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