domingo, 11 de outubro de 2009

Uma simples passada

Resolvi descrever os pormenores técnicos de uma passada de corrida. Só que não tinha a ideia que um movimento tão simples e tão natural, fosse tão complicado de descrever. Não consegui o que pretendia, faltam muitos pormenores , como o movimentos dos braços e tronco nas diversas fazes etc etc. De qualquer forma vou colocar o que está feito e tentar ir melhorando o artigo aos poucos.
Analise técnica de uma passada de corrida na fase de velocidade máxima: A passada é normalmente caracterizada por duas fases, uma fase de apoio e uma fase de suspensão. Um dos indicadores utilizados para avaliar o nível técnico de um velocista é durante uma passada analisar a relação existente entre o tempo despendido na fase de apoio e o tempo em que o atleta está na fase de suspensão. Para que a técnica seja adequada, tomamos como referencia 40% do tempo para a fase de apoio e 60% para a fase de suspensão. A fase de apoio tem uma duração que varia entre 80 e 120 milisegundos e nesse curto espaço de tempo, acontecem três acções: apoio à frente (ligeira desaceleração), sustentação e impulsão. A fase de suspensão tem uma duração de cerca de 113 milisegundos. Durante a passada o atleta deve manter o seu centro de gravidade num deslocamento rectilíneo na direcção Antero - posterior minimizando os deslocamentos noutras direcções. Para que exista uma boa técnica é importante o correcto posicionamento dos segmentos articulares do pé, tornozelo, joelho, bacia, tronco, braços e cabeça, no sentido de garantir uma maior rapidez, economia de energia e rendimento óptimo. Passo à descrição da técnica circular, que é a utilizada nas corridas de velocidade lançada:
Fase de apoio : (apoio à frente/ sustentação/ impulsão)
Apoio à frente – Teoricamente o ideal será o pé contactar o chão por baixo do centro de gravidade, na vertical do joelho a fim de evitar a acção de travagem, que sucede quando se efectua o apoio á frente do centro de gravidade. Mas na prática um apoio eficaz situa-se entre 30 a 40 cm à frente da projecção do centro de gravidade e com um ângulo da articulação do joelho que não deve exceder os 165º.Se o apoio realizar-se à frente ou atrás desse ponto diminui a eficácia de perna de impulsão, pois um contacto à frente do ponto óptimo dá origem a uma travagem excessiva, mas se for por detrás reduz o efeito propulsor, impedindo uma impulsão de melhor qualidade. O pé deve efectuar o seu contacto com o chão no seu terço anterior, em flexão dorsal e executar um movimento rápido de cima para baixo e da frente para trás.
Sustentação - Durante o apoio o atleta tenta sustentar o impacto efectuado contra o chão evitando uma flexão muito acentuada nas articulações do tornozelo, joelho e anca. A flexão dessas articulações deve ser só o sufeciente para que os seus músculos se contraiam excentricamente, acumulando energia elástica potencial, a ser utilizada na fase de impulsão.(no momento de flexão máxima, o centro de gravidade não deve baixar mais do que 5 cm)O atleta deve facilitar o avanço do centro de gravidade a uma posição óptima para receber o impulso. Esta fase caracteriza-se pela aproximação dos segmentos; O centro de gravidade está mais baixo devido à flexão do joelho da perna de apoio fica com um ângulo aproximado dos 140º, e está alinhado com pé, enquanto o calcanhar da perna livre está muito alto, quase junto à nádega. O calcanhar da perna de apoio chega a roçar o chão. A bacia encontra-se em retroversão afim de evitar o balanço atrás excessivo e facilitar o movimento de circular da perna livre,
Impulsão - Agora que o centro de gravidade ( a bacia) já se encontra á frente do apoio é o momento óptimo para efectuar-se a impulsão. O corpo encontra-se ligeiramente inclinado à frente formando um ângulo com o chão entre os 75º e 85º.O impulso efectua-se como consequência da tripla extensão das articulações do pé , joelho e bacia, provocada por uma potente contração dos músculos extensores da coxo-femoral ( glúteo maior, semitendinoso, semimembranoso e bíceps crural), do joelho ( recto anterior, vasto lateral,intemédio,medial e sartório) e do tornozelo ( gastrocnêmios lateral e medial , solear)No instante da impulsão o ângulo do joelho varia entre os 168º e os 172º. Coincidindo com a extensão da perna de impulso, o joelho da perna livre faz um movimento para a frente para cima e para a frente.
Fase aérea ou de suspensão:
Como consequência do impulso acontece a fase de suspensão. Esta fase depende de vários factores como: do ângulo em que o atleta sai da fase de impulsão, da força dos músculos que intervêm no impulso, da inércia que o atleta tenha nessa fase da corrida, da acção de balanço da perna livre e do movimento dos braços. Dado a que a velocidade decresce neste momento, procura-se que a elevação do centro de gravidade em relação ao chão não seja excessiva, incidindo mais na componente horizontal. Neste momento a perna que vai à frente tem o joelho alto e efectua um movimento forte para a frente ajudando na impulsão e dando espaço à perna que fez a impulsão fazer uma recuperação com rapidez . ( no que eu me fui meter eheheheh)

1 comentário:

  1. Felizmente és "terreno": tens dúvidas, enganaste, lês jornais, escutas opiniões, por oposição a alguém que dizia ao contrário. E para quem não conseguia o que pretendia, está muito bom. eh,eh,eh, (desculpa a cópia, mas tb sou "terreno"
    Um abraço de boa disposição

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