sábado, 20 de junho de 2009

Três desejos


Uma vez que recebi uma reclamação do meu amigo Luva Branca a dizer que a introdução a este artigo estava algo confusa, resolvi alterar a mesma, para que fique mais perceptivel, mas deixar o resto do artigo na sua forma original. Por isso,entre as palavras iniciais ( tentativa de prefácio) e o restante texto,é natural que apareçam, opiniões repetitivas.

----introdução-----

Entre os muitos factores que influenciam negativamente o nosso comportamento, destaco as ligações afectivas às religiões, clubes de futebol e partidos políticos. Estas ligações quando vividas com muita intensidade (fanatismo), por vezes, causam graves problemas pessoais e sociais. Mesmo quando, simplesmente fazem parte de uma prática assídua, sem fanatismo, acabam por cultivar um certo faccionismo e sectarismo nos adeptos, impedindo muitas vezes de serem imparciais e correctos nas suas opiniões e decisões do dia-a-dia. Eu sei, que não posso relativizar estas situações e que há muito boa gente, honesta e íntegra, na legião de adeptos das religiões, clubes de futebol e partidos políticos. Mas mesmo assim, tenho os meus três desejos , que os meus filhos não sigam nenhuma religião, não sejam adeptos de clubes de futebol e não pertençam a partidos políticos.


-------texto original-----




Gostaria que a mente dos meus filhos não fosse limitada pela religião. Que as suas atitudes não fossem condicionadas pelos bónus do paraíso e do céu, nem pelas represálias do inferno. Procedessem sempre em consciência, e que a sua fé, fosse no amor, na bondade, no respeito por todos, na caridade ou até numa força superior que esteja na criação de todo o Universo. Mas não, num Deus pessoal, que faz de juiz, castigando e absolvendo. A religião, que na minha opinião, foi uma das piores invenções do homem é castradora da imaginação e do conhecimento. Também gostaria que não fossem adeptos de um clube de futebol, pois esta modalidade tornou-se uma religião, com os seus ídolos, rituais e fanatismos, tal qual as religiões convencionais. Que não fossem seguidores de algum partido político, mas que votassem em consciência nas pessoas pelo seu valor e não em partidos. A religião o futebol e a politica, devem liderar a lista dos fanatismos que mais mortes, ódios e destruição trouxeram á humanidade. Concluindo, gostaria que os meus filhos fossem aquilo que eu não consegui ser, mas gostaria de ter sido. Só que, tudo isto são simplesmente desejos, pois eu continuo a dar aos meus filhos a educação que me deram a mim. Eles foram baptizados e vão á catequese. No dia em que nasceram foram feitos sócios do meu clube de preferência. Etc, etc, etc
Eu para pensar desta forma, foram precisos 47 anos. Espero que eles não levem tantos anos para chegarem a estas conclusões. No fim de contas eles já têm uma vantagem sobre mim, vão ter este blogue para ler, eheheheh
Para terminar e como de costume algo para reflectir: “ Deus não é uma pessoa, um lugar, uma coisa. Deus é exactamente o que sempre pensaste, mas não compreendeste”

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