terça-feira, 9 de março de 2010

Motivação - Um trabalho diário



Hoje precisei ler algo sobre motivação e entre muitas coisas que li, encontrei uma frase e uma pequena história que passo a transcrever. A frase é : " As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho, e é por isso que ele é recomendado diariamente" Zig Ziglar Já me tinha esquecido que todos os dias tenho que motivar-me. Ehehehe. A história que se segue também é um exemplo, dos factores que interferem na motivação e que vale a pena ler.
Esta é a história de um menino que vivia sozinho com o seu pai. Ambos tinham uma relação de amizade e respeito muito especial. O menino pertencia à equipa de futebol americano da escola, normalmente não tinha oportunidade de jogar, ou melhor, quase nunca. Mesmo assim seu pai permanecia sempre nas bancadas fazendo-lhe companhia. Quando entrou no segundo ano, ele era o mais baixo da turma, mas insistia em fazer parte da equipa de futebol do colégio. O seu pai dava-lhe conselhos e explicava que ele não tinha que jogar se não quisesse realmente. Mas o rapaz amava o futebol e não faltava a nenhum treino ou jogo, estava decidido a dar o melhor de si e sentia-se comprometido.
Os colegas chamavam-no o "aquece bancos", porque vivia sentando como suplente... No entanto o seu pai, com espírito lutador, ficava sempre nas grades fazendo-lhe companhia, dizendo-lhe palavras de consolo e dando-lhe todo o apoio que um filho pode esperar.
Quando ingressou na Universidade, tentou entrar na equipa de futebol e todos estavam certos de que não conseguiria, mas ele venceu todos entrando na equipa. O treinador disse-lhe que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo transmitia à equipa grande entusiasmo. A notícia encheu seu coração por completo, correu ao telefone mais perto e ligou para o pai, que compartilhou com ele a emoção. Enviava sempre ao pai os ingressos para assistir aos jogos da Universidade. O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou a nenhum treino ou jogo durante os quatro anos de universidade e também nunca teve a chance de participar de nenhum jogo.
Era o final da época e alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o treinador entregou-lhe um telegrama. O jovem leu e ficou em silêncio por alguns instantes... Respirou fundo e, tremendo, disse ao treinador: o meu pai morreu esta manhã: Existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje? O treinador deu-lhe um abraço e disse: tire o resto da semana de folga, filho, e nem pense em vir no sábado. Chegou o sábado e o jogo não estava bom... Quando a equipa estava com dez pontos de desvantagem o jovem entrou na cabine, colocou o equipamento em silêncio, correu até o treinador e fez- lhe um pedido, quase uma súplica: - Por favor, deixe-me jogar... Eu tenho que jogar hoje, falou com insistência. O treinador não queria escutá-lo. Afinal, não podia deixar que seu pior jogador entrasse no final das eliminatórias.

Mas o jovem insistiu tanto que, finalmente, o treinador, sentindo pena deixou:

- Ok filho, podes entrar, o campo é todo teu...

Minutos depois o treinador, a equipa e o público, não podiam acreditar no que estavam vendo. O pequeno desconhecido, que nunca tinha participado de nenhum jogo, estava sendo brilhante, ninguém podia detê-lo no campo, corria facilmente como uma estrela. A sua equipa começou a fazer pontos até empatar o jogo e nos últimos segundos o rapaz interceptou um passe e correu por todo o campo até fazer o último ponto... E graças a ele a sua equipa foi a vencedora. As pessoas que estavam nas bancadas gritavam emocionadas e ele foi carregado por todo o campo. Finalmente, quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem afastara –se dos outros e estava sentado, em silêncio e pensativo. Aproximou-se dele e falou:

- Garoto, não posso acreditar! Estiveste fantástico! Conta-me como conseguiste!

O rapaz olhou para o treinador e lhe disse:

- O senhor sabe que meu pai morreu..., Mas o que o senhor não sabia é que ele era cego. Meu pai assistiu a todos os meus jogos, mas hoje era a primeira vez que ele podia ver-me jogando... E com um sorriso molhado de lágrimas concluiu: Eu quis mostrar-lhe que sim, que eu podia jogar bem.

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