segunda-feira, 2 de março de 2009

Começando a escrever

Divagação

“ Devemos questionar tudo, desafiar o conhecimento convencional e nunca aceitar a verdade de algo só porque todos à consideram óbvia.” O facto de uma orientação, lei, ou aconselhamento constar num livro sagrado, fazer parte da uma lei civil ou militar, ter sido transmitida de geração para geração, não significa que esteja correcta. Só após fazermos uma reflexão, e quando chegamos à conclusão que é boa para nós e para os outros, então podemos aceita-la e fazer com que faça parte das nossas regras de conduta. A humanidade tem evoluído através de linhas de pensamento idênticas a esta, foi assim com Copérnico, Galileu, Einstein e muitos outros, que em rotura com mitos, dogmas, e regras tidas como verdades absolutas pelos que os antecederam, deram um contributo muito grande para o que hoje somos.
Copérnico no século dezasseis disse que a terra não era o centro do universo, mas apenas mais um planeta e que girava em torno de um sol fixo, um século após, Galileu, corroborou essa teoria, confirmando que a terra descrevia uma orbita em volta de um sol fixo durante um ano e girava em torno de um eixo durante todo o dia. Foi também o primeiro a contestar as ideias de Aristóteles. Claro que foi condenado pela Santa Inquisição, mas sorte a dele que em 1983, 341 anos após a sua morte, a igreja reviu o processo e decidiu pela sua absolvição eheheheh
Einstein com a sua fórmula E=mc2 (a energia é igual à massa, vezes o quadrado da velocidade da luz) derrubando os conceitos do espaço e do tempo e ajudando a provar a existência do átomo, entre muitas outras coisas, rompeu com teorias e leis até ao seu tempo tidas como intocáveis.
Mas será que esta forma de actuar, reflectindo constantemente sobre tudo, sem aceitar previamente nada como verdade absoluta, só está ao alcance de grandes génios e só serve para ser utilizado nas grandes descobertas? Ou está ao alcance de todos e pode ser utilizado para alterar pormenores do dia-a-dia? E será que muitos, a alterarem pormenores, podem provocar grandes alterações no mundo?
Tudo isto vem a propósito de este ano e a partir do dia 1 de Janeiro ter resolvido pôr em prática alguns dos pormenores que fazem parte das minhas reflexões.
1º Escrever os meus pensamentos para mais tarde poder verificar como é que os mesmos se foram estruturando ao longo dos tempos.
2º Deixar de comer animais (carne, peixe) pois acho que chegou á altura de dizer basta ao sofrimento infligido aos animais para fins comerciais e para saciar o prazer através de um sofrimento quanto a mim desnecessário. Faz-me uma enorme confusão a diferenciação que fazemos entre os animais que têm sentimentos, sofrimento, necessitam de carinho e os outros. O cão e o gato vêm televisão vão ao veterinário, têm de dar um passeio diário, comer a horas e há quem diga que não devem viver num apartamento pois têm falta de espaço, o coitado do porco não precisa de espaço, carinho, passeios com o dono e até é esfaqueado em altura de festejos o mesmo acontece com os coelhos, galinhas e alguns seres humanos que vivem bem piores que alguns cães ou gatos.
3º Pela primeira vez questionei a existência de Deus, pois embora queira que ele exista, comecei a reflectir sobre a possibilidade da sua não existência, e embora eu tenha sido um acérrimo defensor da reencarnação, na mesma sequência de pensamento ponho em causa a existência do espírito. Não sou ateu e ainda nem sou agnóstico, apenas, mais um pensador. Destas reflexões já tirei uma conclusão, se Deus existe e se ele é amor eu para estar perto dele tenho que estar longe das religiões.
A nossa mente é muito criativa e prega-nos muitas partidas, por isso temos que ter muito cuidado. Termino, contando uma história que que li e achei muito engraçada:
Era uma vez um sábio chinês que um dia sonhou ser uma borboleta, o seu sonho foi tão vivo e intenso que quando acordou uma dúvida lhe perseguia. Era ele um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta, ou era ele uma borboleta sonhando que era um sábio chinês. Eheheheh
Adriano

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