sábado, 21 de março de 2009

O Principezinho

Depois de tanto ouvir falar no livro de Saint Exupéry “O principezinho” resolvi comprá-lo. É um livro pequeno e de fácil leitura. Cheio de curiosidade, li o livro rapidamente, mas fiquei decepcionado, pois não encontrei nada de especial e não consegui perceber como era possível ser um dos livros mais vendidos no mundo e ter tantas referências. Coloquei o livro de lado e um ou dois anos depois, resolvi voltar a lê-lo, pois era impossível o livro não ter nada de interessante. Foi mais uma tentativa frustrada, pois não encontrei nada de especial. Mais tarde, aos 40 anos ,voltei a lê-lo ( não sou de desistir facilmente) e então, sim , sublinhei algumas freses que fui encontrando. Depois já o li mais duas vezes, e sempre encontrei algo que valeu a pena sublinhar. Porque é que, nas duas primeiras vezes que o li, não encontrei nada de especial? Fiz uma pesquisa na net sobre o livro e verifiquei que havia muitas perguntas tipo:” Li o principezinho e não vejo nada de especial, alguém me consegue dar alguma explicação sobre o livro?” ou “ Li o principezinho e não percebo nada daquilo, é uma livro para crianças?”
É claro que não vou dar nenhuma explicação sobre o livro, mas vou colocar algumas das frases que fui sublinhando. Outras sensibilidades vão sublinhar outras frases e eu sei que se voltar a ler o livro, vou encontrar outras dignas de serem sublinhadas.

Algumas das frases que sublinhei:

“ – Vou contar o tal segredo. É muito simples: somente com o coração se vê de forma correcta. O essencial é invisível aos olhos…”

“ Era uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora, ela é única no mundo”

“ A linguagem é uma fonte de mal-entendidos”

“ Só conhecemos as coisas que prendemos a nós – disse a raposa. – Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos”

“ Os homens? Tenho a impressão que são seis ou sete. Vi-os há anos. Mas nunca se pode saber onde é que estão. O vento empurra-os de um lado para outro. Não têm raízes e isso faz-lhes falta”

“ Se te conseguires julgar a ti próprio, és um sábio dos autênticos”

“ Só se pode exigir a uma pessoa o que essa pessoa pode dar”

“ Se eu ordenasse a um dos meus generais que se transformasse em gaivota e ele não me obedecesse, a culpa não era do meu general. A culpa era minha”

“ Devia tê-la avaliado não pelas suas palavras, mas pelos seus actos.”

“ Mas eu era novo de mais para saber amar”

“ Se vocês disserem às pessoas grandes: “hoje vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado”…., As pessoas grandes não conseguem imaginar. È preciso dizer-lhes “ hoje vi uma casa que custa vinte mil contos”Então, já são capazes de exclamar.” Mas que linda casa!”

“Para Léon Werth
Os meninos que me perdoem por dedicar este livro a uma pessoa grande. Mas tenho uma desculpa de peso: essa pessoa grande é o melhor amigo que eu tenho no mundo inteiro. E tenho outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de perceber tudo, mesmo os livros para crianças. E tenho outra desculpa, a terceira essa pessoa mora em França e me França passa fome e passa frio. Bem precisa de ser consolada. Mas se todas estas desculpas não chegarem, então, gostava de dedicar este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Porque todas as pessoas grandes já foram crianças. (Há é poucas que se lembram disso.) Portanto, a minha dedicatória vai ser assim:
Para Léon Werth
Quando ele era pequeno"

Gostava com este artigo arranjar mais adeptos para o principezinho e deixar uma reflexão sobre o que se passou comigo em relação a este livro, de facto " O Essencial é invisivel aos olhos"
Adriano

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