O atleta e o açúcar branco

Há muitos anos atrás comprei o livro”Sugar Blues – O gosto amargo do açúcar” este livro despertou-me a curiosidade e a partir dai comecei a colher informações sobre os efeitos do chamado açúcar branco. Esta curiosidade deveu-se a eu notar alterações energéticas muito significativas em alguns atletas, pois tanto faziam um treino ou uma competição muito bem, como logo a seguir acontecia o oposto. A estas situações nem eu nem os médicos por mim consultados encontravam explicação, até que, com as minhas teimosias, consegui que o médico prescrevesse o chamado teste pós-pandrial (é um teste em que tiramos uma mostra de sangue em jejum, depois tomamos uma certa quantidade de sacarose e voltamos a tirar nova amostra de sangue) á atleta que tinha os sintomas mais graves. O resultado foi o que eu estava á espera, a atleta na segunda amostra teve um abaixamento do nível de açúcar no sangue muito grande, ou seja o pâncreas tinha dado uma descarga muito forte de insulina, ela sofria de hipoglicemia. Durante um ano a atleta deixou de ingerir produtos com sacarose e o problema ficou resolvido. Um especialista uma vez deu-me um exemplo muito simples de como funcionava este processo e que passo a transcrever: Sempre que ingerimos sacarose, solicitamos o pâncreas para a produção de insulina, se estamos constantemente a fazer esta solicitação é como se alguém estivesse sempre a dar-nos um toque no ombro, a solicitar-nos algo, o que ia acontecer era irritarmo-nos, o mesmo acontece com o pâncreas e tal como nós quando estamos irritados, que excedemo-nos no nosso comportamento habitual, ele faz o mesmo e então em vez de enviar a quantidade de insulina recomendada para a situação, envia o dobro ou o triplo. Esta grande quantidade de insulina, faz metabolizarão da sacarose ingerida e depois faz a depleção das reservas de hidratos de carbono que se encontram no fígado e nos músculos em forma de glicogénio e da glicose sanguínea. Ficamos sem energia, e com baixas de açúcar sanguíneo. Este é o problema com os atletas, mas depois temos o problema com a saúde, pois o pâncreas tem um limite de produção de insulina e se ele começa a debitar quantidades enormes de insulina, tempos depois, passa a uma situação que é conhecida por “ pâncreas cansado” e então ele começa a enviar cada vez menos insulina, o nível de açúcar no sangue sobe, ficamos diabéticos, temos que utilizar insulina de forma exógena e depois o pâncreas deixa mesmo de produzir insulina e é o que todos nós sabemos da diabetes, gangrena, cegueira, feridas que não saram, etc.etc.

Como sabem eu não tenho formação na matéria em questão, por isso não levem este artigo muito a sério, mas de qualquer forma aconselho a que procurem informação sobre o tema com especialista da área.(estou em crer que muitas vezes por causa de uma sobremesa deliciosa, damos cabo de uma competiçaõ importante, mas é só a minha opinião)

Alguns dados sobre o livro

“Sugar Blues é um livro audacioso, profético, chocante, elaborado por um escritor e pesquisador que esmiúça séculos de história secreta, folclores esquecidos, sábias tradições dos antigos e conceitos científicos inconsistentes, para trazer à tona a verdade sobre a mais dissimulada droga que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização: a sacarose refinada, comummente chamada açúcar.Exaustivas pesquisas desenvolvidas nos grandes centros científicos evidenciam consideráveis vínculos entre o açúcar refinado e as mais alarmantes doenças modernas que vão da depressão ao derrame cerebral; entretanto, esta substância anti - nutriente formadora de hábito, é consumida, a cada dia, em praticamente todos os produtos utilizados na dieta do homem civilizado, do pão aos cigarros.Este livro, hoje um clássico, desmarcara o maior inimigo da nossa geração e, ao mesmo tempo, mostra como uma dieta revitalizante sem açúcar pode, não apenas mudar, mas também salvar sua vida.”